segunda-feira, 30 de novembro de 2009
fRANK sINATRA: a aRTE dE dIZER
domingo, 29 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
bAÚ mUITO bEM tRANCADO*

POR CRISTIANO BASTOS
Nos anos 60, o "vidente" da comunicação Marshall McLuhan profetizou: "O meio é a mensagem". E a mensagem é, justamente, a herança mais valiosa transmitida pelo missivista do rock brasileiro - Raul Seixas (1945-1989).
A música foi o "meio" escolhido, veículo através do qual, por toda a vida e obra, insultou o "monstro sist". Hoje, contudo, refém de várias contendas judiciais pelo imaterial espólio, tem seu libelo asfixiado pelo mais complexo e surpreendente dos sistemas: a família.
Dos milhares de fãs de Raulzito, morto aos 44 anos, poucos sabem que ele deixou três herdeiras: as filhas Simone Vannoy (38) e Scarlet Vaquer (33), que vivem nos Estados Unidos desde crianças, e Vivian Seixas (27), no Brasil.
As duas primeiras, frutos da união conjugal de Raul com as norte-americanas Edith Wisner e Gloria Vaquer Seixas (hoje Sky Keys), respectivamente; a terceira, fruto do relacionamento amoroso com Angela Affonso Costa, autointitulada Kika Seixas.
Além da abastada fortuna musical, Raul Seixas não deixou patrimônio significativo, sequer existe espólio aberto. Nesses 20 anos, tudo o que suas filhas herdaram consiste em direitos autorais - de execução e imagem - pagos ao longo dos anos.
O astro baiano é o que se pode chamar de "long-seller": verdadeiro fenômeno, absolutamente espontâneo. Antiga, a briga (que nada tem a ver com música) desenrola-se em um cenário "internacional".
Nos Estados Unidos, as sucessoras de Raulzito defendem o lançamento de vários projetos envolvendo a obra do pai - muitos dos quais vetados na Justiça por Kika Seixas, que hoje atua como procuradora legal da filha, Vivian Seixas.
A procuradora de Simone Vannoy, a advogada Flávia Vasconcelos, ressalta que as três herdeiras detêm todos os direitos de autor e conexos relativos à obra de Raul Seixas, assim como os direitos de uso de sua imagem e nome.
Na prática, pontua, significa que somente elas podem autorizar ou desautorizar qualquer projeto:
"O equívoco ocorre porque muitos consideram Kika como 'viúva de Raul Seixas' e, em consequência, detentora de tais direitos. No entanto, como não se casaram oficialmente, ela não é viúva dele". Apenas Simone, Scarlet e Vivian são as legítimas herdeiras.
Primogênita de Raul, Simone conta que, na medida do possível, procura não envolver-se nesses conflitos judiciais, mas, regularmente, diz cultivar a memória do pai.
"Tenho todas as músicas dele em meu iPod e as escuto com frequência. Escutar sua música, assistir seus vídeos, ouvir suas entrevistas e ler artigos sobre ele me ajudam a entender o homem e pai que não cheguei a conhecer".
Em outra declaração, escudada por Vivian, Kika justificou sua decisão baseando-se pelo "teor do livro". Segundo disse a caçula de Raulzito à reportagem da Rolling Stone, o jornalista insistiu em bater na tecla da relação do cantor com as drogas.
Proibido pelas filhas de Garrincha, que diziam defender a "integridade moral" do pai, o livro, posteriormente, foi liberado. Castro é curto e grosso: "Biografia autorizada não é biografia; é press-release".
AS PROIBIÇÕES
sábado, 21 de novembro de 2009
vETO a bIOGRAFIAS eSTÁ pERTO dO fIM, aFIRMA pALLOCCI

terça-feira, 17 de novembro de 2009
pRENDA&tROVADOR





Com Mary, o astro gaudério teve dois filhos e ao lado dela travou trovas de arrebatador sucesso, os chamados "desafios": "Briga de Amor", Chumbo Grosso", "Desafio da Louça".
Antes de conhecer o cantor de "Coração de Luto", ainda guria Mary sabia tocar todas as músicas do ídolo. Essa foi a razão pela qual, logo que ele a revelou, levou a alcunha de "Teixeirinha de saias".
Em 1961, aos 13 anos conheceu Teixeirinha numa das andanças do trovador pelos pagos de Tupanciretã, interior do Rio Grande do Sul.
Detalhe: na última foto, note o 45 empacotado no coldre do "galo velho". Para defender a prenda, certamente. O ciúme, diz-se, era o ponto mais fraco de Teixeirinha.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
tEIXEIRINHA: o dONO dAS bILHETERIAS
sábado, 14 de novembro de 2009
tEIXEIRINHA eSPECIAL (1985)*
*Especial da RBS TV sobre a morte do grande astro (trovador, compositor, realizador cinematográfico) Vítor Mateus Teixeira, o Teixeirinha (1927/1985), também chamado "O Rei do Disco".
Para saber mais sobre quem foi este universal artista, que um dia fez dupla com a linda "prenda" Mary Terezinha, dê uma passada no excelente blog - ainda que desativado - Revivendo Teixeirinha.
O blog era tocado pelo Chico Cougo, mestrando que se aventura numa tese sobre o gaúcho de Rolante. A família também mantém site oficial sobre Teixeirinha, autor do milionário single "Coração de Luto".
Sobre o especial da RBS: um "bah!" para a cobertura "marrom" (parte 4) da emissora, que, na ocasião, pôs mais lenha na fogueira televisionando intimidades um tanto sórdidas sobre o espetacular divórcio da dupla Mary & Teixeirinha.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
lOLLIPOP, cALCINHAS & cOLEÇÕES

segunda-feira, 26 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
mETAMORFOSE aMBULANTE (rAUL sEIXAS)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009
100 mAIORAIS

Tais escolhas sempre são missões árduas de cumprir.
Como, acima dos cânones, creio mais ainda é na subjetividade, não espero concordância; eu mesmo refaria a lista inúmeras vezes.
"Três apitos" - (Noel Rosa)
"Negue" - (Adelino Moreira)
"Eu quero é botar meu bloco na rua" - (Sérgio Sampaio)
"Será que eu vou virar bolor" - (Arnaldo Baptista)
"Barra Lúcifer" - (Novos Baianos)
"Abigail" - (Wilson Baptista e Orestes Barbosa)
"Você não serve pra mim" - (Roberto Carlos)
"Sentado à beira do caminho" - (Erasmo Carlos)
"Ouro de tolo" - (Raul Seixas)
"Manhãs de Sol" - (Francisco Alves)
"Georgia a carniceira" - (Ave Sangria)
"Canteiros" - (Fagner)
"Respeita Januário" - (Luiz Gonzaga)
"Felicidade" - (Lupícinio Rodrigues)
"Vou danado pra Catende" - (Alceu Valença)
"Primavera" - (Tim Maia)
"Good rocking tonight" - (Raulzito Seixas aos nove anos)
"Trilha de Sumé" - (Lula Côrtes/Zé Ramalho)
"O Futuro é Vórtex" - (Os Replicantes)
Leia e ouça as dez primeiras colocadas no site da Rolling Stone.
Também escrevi sobre cinco eleitas:
"Ouro de tolo", "Metamorfose ambulante", "A flor e o espinho", "Conversa de Botequim" e "Tico-tico no fubá".
"Ouro de Tolo" (Raul Seixas)
Em uma semana, o compacto alcançou tamanha popularidade que se fez necessário prensá-lo duas vezes. Naqueles tempos de milagre econômico, a letra autobiográfica de Raulzito soou como sonoro tabefe desferido na cara da classe média.
"Ouro de Tolo", na Idade Média, era nome dado às promessas de falsos alquimistas. A canção também embalou audaciosa tacada de marketing, bolada por Paulo Coelho, para transmitir aos lares brasileiros preceitos da Sociedade Alternativa.
No dia 7 de junho de 73, no centro do Rio de Janeiro, Raul Seixas convocou a imprensa para registrar sua aparição entoando "Ouro de Tolo" em rede nacional. O "golpe" surtiu efeito. A cena foi exibida no Jornal Nacional e Raul ganhou o Brasil.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009
fELIZ dIAS dAS cRIANÇAS!
Eu comprei ingresso pro show do Paul McCartney e pensei. Baita bosta. Sim, eu não comprei. A Betine comprou. Quer dizer, deu a grana. A Bruna e o Franty foram pra fila do Beira. Mas, porra, e se eu não for pro céu?
Quem serão os Beatles? Os Stones?
Será que Huxley ainda viaja no cosmo no LSD final?
Não sei. Não acredito nos beats.
Só copio.
Aliás, não copio. Quero que eles se fodam. Ginsberg era um chato de galocha.
Odeio poetas. Odeio poetas da Osvaldo Aranha. Odeio escritores de vanguarda.
Mas gosto do Lou Reed.
Eu não sei ler o que os outros escrevem. Sou totalmente egocêntrico.
Gosto de quem gosto e ignoro a existência alheia. Sou o maior escritor ignorado por outros que jamais o lerão. Se me importo? Não. Curto caminhar pelo outro lado da rua.
Sim. Os quarenta anos servem pra algo. Servem pra me deixar feliz vendo meu filho crescer e pensar: Foda-se! Ninguém pode compartilhar isso comigo. Nem eu mesmo.
É tão íntimo que me nego a saber que posso ser feliz.
E sei que sou.
Confesso.
Eu sou feliz.
Desculpem-me se se tenho que admitir que só admito escrevendo bêbado às 5 da manhã.
Mas é a verdade. O Lou Reed me disse agora. Ele, o Bowie e, talvez, não sei, Kurt Cobain que ainda tá saindo de dentro do Dilúvio ajudando o Werner.
A Betine tá no quarto assistindo algum seriado de serial killers.
Eu seu que tá na moda. A moda é algo estranho.
Pra mim estar na moda é ser do contra. E se tem alguém do contra, sou contra quem é.
Sou contra e é bom que seja assim.
Meu carro deveria sair da cidade. Eu junto.
Queria morar numa estrada cercado de cerveja e meus amigos.
Uma eterna estrada sem fim de felicidade e conversa fiada e álcool e sutilezas jogadas no lixo.
(mais um copo da tal cerveja preta)
(pausa)
Dá até vontade saber algo de música. Eu não sei. Sei o que me dá vida ou não.
Rock me alimenta mais que ceva. Rock me alimenta mais que tudo.
Se tivesse que escolher entre ceva e rock, escolhia rock.
Se tivesse que escolher entre escrever e escutar rock, escolhia escutar rock.
Escutando rock é que escrevo. Me alimento. O rock me alimenta e me julgo por não saber nada de música.
Por isso escrevo.
É minha chance de compensar minha inabilidade com a música.
Não vou dizer que por isso bebo, porque bebo pra me chapar mesmo.
Se chapar é bom pra escrever.
A ressaca é a melhor hora para se ter boas idéias.
Sei que vocês compartilharão algo comigo.
Se não compartilham, eu compartilho.
É bom estar vivo.
É ótimo escrever.