terça-feira, 28 de outubro de 2008

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ZÉ RAMALHO

Antes de Zé Ramalho se revelar o cantador do Nordeste contemporâneo, o paraibano de Brejo da Cruz foi um dos precursores do rock no Brasil. Em João Pessoa, estreou no famoso conjunto de baile The Gentlemen. Em 1973, gravou "Made in PB" no disco No Sub Reino dos Metazoários, de Marconi Notaro. Robertinho de Recife toca a guitarra lisérgica distorcida, Ramalho assina a letra: "Todo mundo ouviu um rock pesado, chorado, danado made in PB".

Ao lado de Lula Côrtes, em 75, produziu o duplo Paêbirú: Caminho da Montanha do Sol. Após a aventura, eternizou canções como "Avohay" e "Admirável Gado Novo", de A Peleja do Diabo com o Dono do Céu. Antes do estouro, marcou presença no Festival Abertura, da TV Globo, tocando com Alceu Valença "Vou Danado pra Catende", ganhadora de prêmio especial no concurso.

JOÃO DONATO

João Donato estreou sua carreira em 1949, como integrante do grupo Altamiro Carrilho e Seu Regional. Nesse ano, gravou um 78 rmp com as canções "Brejeiro", de Ernesto Nazareth e "Feliz aniversário", de Altamiro Carrilho e Ari Duarte. Quase 60 anos de estrada e, até agora, nem sinal de aposentadoria para o acreano. Samba, jazz, funk, latinidade, rock, eletrônica, discoteque - de todos os expoentes da bossa nova, Donato foi o que levou o gênero mais longe musicalmente.

Nos Estados Unidos, onde trabalhou por mais dez anos, fez os discos Piano of João Donato, A Bad Donato e Donato/Deodato. De volta ao Brasil, gravou o clássico Quem é Quem, lançado em 1973. No repertório do álbum, novidades: músicas cantadas pelo próprio compositor. Destaques para "Até quem sabe" e "Chorou, chorou".

*Especial 100 Maiores Artistas Brasileiros: Rolling Stone 25

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