domingo, 20 de abril de 2008

cARTAS dE lONDON

Apesar da curta vida, Jack London (1876-1916) foi um operário prolífico da epístola. Entre 1897 e 1916, escreveu milhares de cartas - até um mês antes da sua morte.
A correspondência foi reunida no volume Cartas de Jack London (sem edição no Brasil), e revela o retrato de um homem confiante e sensível, com rasgos de coragem e generosidade - mas também ferozmente obstinado e capaz de brutal franqueza.
Escritor-aventureiro, London critica as contrariedades de uma era dinâmica, os milagres tecnológicos e "a profunda instabilidade cultural e espiritual da humanidade".
As cartas levam-nos a viajar pela América do Big Business e dos novos meios de massas - e expõem a imagem mítica que London cultivava de si mesmo, a capacidade de autopromoção e luta pela sobrevivência, o respeito sempre demonstrado pelos valores da amizade.
Jack London foi implacável com os editores: achava-os todos inescrupulosos e não depositava neles sua valorosa confiança. Acreditava mais nos vagabundos das ruas.
As cartas de amor são das mais reveladoras. A correspondência com Anna Strunsky, o segundo grande amor de London, mostra que era um apaixonado - pelas mulheres, pela vida e pela escrita. Nunca deixava uma carta por responder…
Nada surpreendente para o homem que, segundo ele mesmo, aos 10 anos vendia jornais e, aos 15, já se governava sozinho.
O conto A Lei Da Vida é apenas uma amostra da sua inesgotável sagacidade. Vire a página.