Não se escuta na terra
quem for santo
Não se encobre um só rosto com dois mantos
Não se cura do mal quem só tem pranto
Nenhum canto é mais triste que o final
Não se ouve nos ares nenhum canto
Nem nos cantos da noite nenhum grito
Não se mata o que é feio com o espanto
Não se chora ou agora o que é bonito
Não se pode entender sabendo pouco
Não se dá nota aguda estando rouco
Não se encontra o que é duro aonde é oco
Nem silêncio onde só existe o grito
quem for santo
Não se encobre um só rosto com dois mantos
Não se cura do mal quem só tem pranto
Nenhum canto é mais triste que o final
Não se ouve nos ares nenhum canto
Nem nos cantos da noite nenhum grito
Não se mata o que é feio com o espanto
Não se chora ou agora o que é bonito
Não se pode entender sabendo pouco
Não se dá nota aguda estando rouco
Não se encontra o que é duro aonde é oco
Nem silêncio onde só existe o grito