Além de Nelson Gonçalves, que conheceu por meio da crooner Lourdinha Bittencourt (segunda esposa do cantor), o produtor José Messias, hoje jurado do programa de calouros Raul Gil, foi íntimo de grandes ídolos da era pré-Metralha, como Sílvio Caldas e Orlando Silva - O Ídolo das Multidões.
A triste história de Orlando, cantor de voz cativante, muito querido por onde andasse, infelizmente não teve o "desfecho feliz" de Nelson Gonçalves, astro que lhe sucedeu imediatamente no sucesso radiofônico.
Ao contrário de Nelson, cujo longo noivado com a cocaína, por sorte, não afetou sua voz e saúde para sempre, Orlando Silva não teve sorte igual na "brincadeira." Perdeu tudo. E o que tinha de melhor: seu formoso canto. "Orlando teve a voz mais bonita e limpa do Brasil. No entanto, ela não se mostrou resistente o suficiente para suportar as agressões químicas", emociona-se Messias, ao lembrar o velho amigo, falecido em agosto de 1978.
Além de álcool e cocaína, Silva curtia (isto é, necessitava) umas "cositas" mais fortes - morfina, a qual usava para aliviar dores decorrentes de um acidente que ferira sua perna no passado. "Os excessos desgastaram as cordas vocais de Orlando Silva e sua voz foi se extingüindo. Ele ficou sete anos no auge: de 1936 à 1943. Nelson é exceção: fumou, cheirou, bebeu e não perdeu nem um centímetro da voz".
No tempo do Trio de Ouro, grupo no qual Lourdinha Bittencourt ingressou para substituir Dalva de Oliveira, José Messias conviveu de perto com o famoso casal de cantores, e chegou a ajudar na produção de alguns shows e discos de Nelson - "O que era muito fácil", avalia décadas mais tarde. Na opinião do amigo, Nelson Gonçalves foi um cantor perfeito. "Tão perfeito que se podia afinar um piano com a sua nota Mi. O homem era um diapasão".
*Na foto: Raul Sampaio, Lourdinha Bittencourt e Herivelto Martins - o Trio de Ouro.
A triste história de Orlando, cantor de voz cativante, muito querido por onde andasse, infelizmente não teve o "desfecho feliz" de Nelson Gonçalves, astro que lhe sucedeu imediatamente no sucesso radiofônico.
Ao contrário de Nelson, cujo longo noivado com a cocaína, por sorte, não afetou sua voz e saúde para sempre, Orlando Silva não teve sorte igual na "brincadeira." Perdeu tudo. E o que tinha de melhor: seu formoso canto. "Orlando teve a voz mais bonita e limpa do Brasil. No entanto, ela não se mostrou resistente o suficiente para suportar as agressões químicas", emociona-se Messias, ao lembrar o velho amigo, falecido em agosto de 1978.
Além de álcool e cocaína, Silva curtia (isto é, necessitava) umas "cositas" mais fortes - morfina, a qual usava para aliviar dores decorrentes de um acidente que ferira sua perna no passado. "Os excessos desgastaram as cordas vocais de Orlando Silva e sua voz foi se extingüindo. Ele ficou sete anos no auge: de 1936 à 1943. Nelson é exceção: fumou, cheirou, bebeu e não perdeu nem um centímetro da voz".
No tempo do Trio de Ouro, grupo no qual Lourdinha Bittencourt ingressou para substituir Dalva de Oliveira, José Messias conviveu de perto com o famoso casal de cantores, e chegou a ajudar na produção de alguns shows e discos de Nelson - "O que era muito fácil", avalia décadas mais tarde. Na opinião do amigo, Nelson Gonçalves foi um cantor perfeito. "Tão perfeito que se podia afinar um piano com a sua nota Mi. O homem era um diapasão".
*Na foto: Raul Sampaio, Lourdinha Bittencourt e Herivelto Martins - o Trio de Ouro.