Hou Hsiao-Hsien e o Cinema de Memórias Fragmentadas
POR CRISTIANO BASTOS
Pela primeira vez em Brasília, o Centro Cultural Banco do Brasil fará a projeção de películas do cineasta taiwanês Hou Hsiao-Hsien. Os filmes serão exibidos de 02 a 16 de janeiro.
Iniciando a programação de 2011, a mostra "Cinema de Memórias Fragmentadas" exibirá todos os 18 filmes realizados pelo diretor. Até hoje, nenhuma dessas produções foi lançada comercialmente no Brasil.
A mostra Hou Hsiao-Hsien e o Cinema de Memórias Fragmentadas abre o ano trazendo à capital federal o consagrado Hou Hsiao-Hsien, diretor que é figura-chave do novo cinema de Taiwan. Hou também é considerado um dos cinco mais importantes realizadores do planeta.
Nas três últimas décadas, sua obra – identificada com a "bitola 35mm" – foi reconhecida em diversos festivais mundo afora. No domingo, dia 02 de janeiro, às 19h30, no CCBB de Brasília, haverá uma sessão de abertura.
Antes serão exibidos os filmes Menina bonita (Jiu shi liuliu de ta) e Vento gracioso (Feng'er titacai).
"Eu não desejo contar histórias. Meu desejo, antes, é criar climas, ambiâncias", anotou Hou Hsiao-Hsien. É com esse espírito "etéreo" que sua arte ganhará retrospectiva completa na cidade.
Hou é um cineasta laureado: foi eleito o Diretor da Década de 90 pelos críticos internacionais de Village Voice e do Film Comment e seus filmes, além de exibidos em Cannes, receberam prêmios em Berlim e Veneza.
Ainda que com inegável reconhecimento da crítica, as películas de Hou Hsiao-Hsien – as quais mal são distribuídas no Ocidente – estiveream, até agora, limitadas ao restrito circuito de festivais. Muitas delas são praticamente desconhecidas do público brasileiro.
A oportunidade é única, portanto, para se iniciar na filmografia de Hou, um dos mais renomados cineastas asiáticos da atualidade.
Gratuitamente, ao público da mostra serão distribuídos 150 catálagos que versam sobre a obra de Hou Hsiao-Hsien. A compilação reúne 18 textos inéditos de críticos de cinema como Cássio Starling, Fernando Veríssimo e Carlos Helí de Almeida.
No catálago também há ensaios escritos nas décadas de 1980/90 por autores como Olivier Assayas, Jonathan Rosembaum, Antoine de Baecque e Ruy Gardnier.
No cenário cinematográfico dos anos 90, Hou certamente é um dos cinco mais importantes realizadores. Seus filmes impressionam logo de cara pela distanciada lente com a qual focaliza seus personagens.
É, na verdade, sua característica mais recorrente – a primeira que salta aos olhos. Dois lemas de Confúcio são evocados na arte de Hou, segundo ele: "Olhar e não intervir" e "Observar e não julgar".
A estréia de Hou Hsiao-Hsien na direção aconteceu em 1980, com Menina bonita. Com seu terceiro filme, A grama verde de casa (1982), foi indicado ao Golden Horse Award, considerado o "Oscar taiwanês".
Desde então, tem contribuído para a formação de uma nova consciência acerca do cinema em Taiwan.
Internacionalmente, Hou obteve reconhecimento internacional com Os Garotos de Fengkuei (1983) e Um verão na casa do vovô (1984), ambos vencedores do Festival dos 3 Continentes, em Nantes, França.
Seu filme autobiográfico, Tempo de viver e tempo de morrer (1985), levou o prêmio internacional da crítica no Festival de Berlim em 1985 e também foi indicado melhor filme no Festival de Roterdam.
Hou Hsiao-Hsien prosseguiu fazendo filmes aclamados pela crítica: Poeira ao vento (1986) e A filha do Nilo (1987). E, gradualmente, foi considerado um dos cineastas mais inovadores do mundo.
Em 1989, seu Cidade das Tristezas ganhou o cobiçado Leão de Ouro no Festival de Veneza. Em 1993, a obra-prima O mestre das marionetes recebeu prêmio do júri em Cannes.
Seus filmes seguintes, Bons homens, boas mulheres (1995), Adeus ao sul (1996), Flores de Xangai (1998), Millenium Mambo (2001), Café Lumière (2004), Três tempos (2005) e A viagem do balão vermelho (2007) foram aclamados por crítica e público.
Todas essas festejadas produções, e também muitas outras, poderão ser vistas no mês de janeiro na mostra "Hou Hsiao-Hsien e o Cinema de Memórias Fragmentadas", que será realizada no Centro Cultural do Banco do Brasil de Brasília.
Confira a programação.
Iniciando a programação de 2011, a mostra "Cinema de Memórias Fragmentadas" exibirá todos os 18 filmes realizados pelo diretor. Até hoje, nenhuma dessas produções foi lançada comercialmente no Brasil.
A mostra Hou Hsiao-Hsien e o Cinema de Memórias Fragmentadas abre o ano trazendo à capital federal o consagrado Hou Hsiao-Hsien, diretor que é figura-chave do novo cinema de Taiwan. Hou também é considerado um dos cinco mais importantes realizadores do planeta.
Nas três últimas décadas, sua obra – identificada com a "bitola 35mm" – foi reconhecida em diversos festivais mundo afora. No domingo, dia 02 de janeiro, às 19h30, no CCBB de Brasília, haverá uma sessão de abertura.
Antes serão exibidos os filmes Menina bonita (Jiu shi liuliu de ta) e Vento gracioso (Feng'er titacai).
"Eu não desejo contar histórias. Meu desejo, antes, é criar climas, ambiâncias", anotou Hou Hsiao-Hsien. É com esse espírito "etéreo" que sua arte ganhará retrospectiva completa na cidade.
Hou é um cineasta laureado: foi eleito o Diretor da Década de 90 pelos críticos internacionais de Village Voice e do Film Comment e seus filmes, além de exibidos em Cannes, receberam prêmios em Berlim e Veneza.
Ainda que com inegável reconhecimento da crítica, as películas de Hou Hsiao-Hsien – as quais mal são distribuídas no Ocidente – estiveream, até agora, limitadas ao restrito circuito de festivais. Muitas delas são praticamente desconhecidas do público brasileiro.
A oportunidade é única, portanto, para se iniciar na filmografia de Hou, um dos mais renomados cineastas asiáticos da atualidade.
Gratuitamente, ao público da mostra serão distribuídos 150 catálagos que versam sobre a obra de Hou Hsiao-Hsien. A compilação reúne 18 textos inéditos de críticos de cinema como Cássio Starling, Fernando Veríssimo e Carlos Helí de Almeida.
No catálago também há ensaios escritos nas décadas de 1980/90 por autores como Olivier Assayas, Jonathan Rosembaum, Antoine de Baecque e Ruy Gardnier.
No cenário cinematográfico dos anos 90, Hou certamente é um dos cinco mais importantes realizadores. Seus filmes impressionam logo de cara pela distanciada lente com a qual focaliza seus personagens.
É, na verdade, sua característica mais recorrente – a primeira que salta aos olhos. Dois lemas de Confúcio são evocados na arte de Hou, segundo ele: "Olhar e não intervir" e "Observar e não julgar".
A estréia de Hou Hsiao-Hsien na direção aconteceu em 1980, com Menina bonita. Com seu terceiro filme, A grama verde de casa (1982), foi indicado ao Golden Horse Award, considerado o "Oscar taiwanês".
Desde então, tem contribuído para a formação de uma nova consciência acerca do cinema em Taiwan.
Internacionalmente, Hou obteve reconhecimento internacional com Os Garotos de Fengkuei (1983) e Um verão na casa do vovô (1984), ambos vencedores do Festival dos 3 Continentes, em Nantes, França.
Seu filme autobiográfico, Tempo de viver e tempo de morrer (1985), levou o prêmio internacional da crítica no Festival de Berlim em 1985 e também foi indicado melhor filme no Festival de Roterdam.
Hou Hsiao-Hsien prosseguiu fazendo filmes aclamados pela crítica: Poeira ao vento (1986) e A filha do Nilo (1987). E, gradualmente, foi considerado um dos cineastas mais inovadores do mundo.
Em 1989, seu Cidade das Tristezas ganhou o cobiçado Leão de Ouro no Festival de Veneza. Em 1993, a obra-prima O mestre das marionetes recebeu prêmio do júri em Cannes.
Seus filmes seguintes, Bons homens, boas mulheres (1995), Adeus ao sul (1996), Flores de Xangai (1998), Millenium Mambo (2001), Café Lumière (2004), Três tempos (2005) e A viagem do balão vermelho (2007) foram aclamados por crítica e público.
Todas essas festejadas produções, e também muitas outras, poderão ser vistas no mês de janeiro na mostra "Hou Hsiao-Hsien e o Cinema de Memórias Fragmentadas", que será realizada no Centro Cultural do Banco do Brasil de Brasília.
Confira a programação.
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Cristiano Bastos – Brasília
(61) 9922-0130/3201-4532
Alessandra dos Santos
(61) 9227-5351