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Ao todo, apenas sete parcas edições do Contos da Cripta viram a luz das bancas de jornais.
Guri novo, consegui comprar somente dois desses números.
Esse aqui é um exemplar que se salvou no alfarrábio das relíquias de minha adolescência. De dezembro de 91, a edição traz, entre outros, um conto de psico-ficção-científica muito chocante escrito por Ray Bradbury.
Jackie Davies, Kurtzmann e Frazeta são outros autores que também "exprimiram sangue" na páginas da Cripta.
Lembro ter lido e folheado o gibi, filho único, dezenas de vezes - e não sem o mesmo calafrio de sempre. O motivo eram os enredos de suspense na linha soberbamente canônica (e horripilante) do mestre Edgard Allan Poe.
Numa das estórias mais impressionantes, após cometer grave crime o bandido fica paranóico com as próprias digitais e, por fim, consigo mesmo.
Desabaladamente sai a limpar a cena do crime com igual obssessão do "noiadinho de pedra". Finalmente pira: o crime nunca compensa.
Noutro quadrinho, o pobre e desavisado viajante noturno descobre-se numa convenção de... vampiros! Tarde demais.
A única coisa, na real, que a Record fez direitinho foi apresentar material antigo da EC Comics no formato "magazine", seguindo especificações originais da revista.
Em sua existência breve, a edição nacional primou por desleixo gráfico, papel de terceira e impressão meia-boquíssima.
Não emplacou por falta de capricho.
No divertidíssimo Nostalgia do Terror dá para conhecer todas as edições da Tales From The Crypt saídas no Brasil.
O site conglomera verdadeiro universo paralelo de capas, títulos e editoras (de épocas distintas) e libera, também, downloads de hq's de artistas da velha e nova guarda.
Ainda tem contos, reportagens e o apavorante "Correio do Terror". A ilustração desse post é um almadiçoado walpapper: roube-o aqui. Seria muito legal seria se a Record - ou outra esperta editora -reeditasse o gibi no Brasil.
E, nem é preciso dizer, com a merecida qualidade.
Enquanto não rola delicie-se com uma série de capas originais da Tales From The Crypt da década de 1950, era dourada da revista.
E, antes de ir dormir, não esqueça: dê uma boa olhada debaixo da cama!
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