Agora bem entendo o comentário deferente, de Zé Ramalho, sobre a "viola ultra-rápida" que abre a canção "Avôhai": ela foi arranjada pelo violonista pernambucano Ivson Wanderley.
São dele os acordes inaugurais.
Basta ouvir o LP-solo Ivinho Ao Vivo - Montreux International Jazz Festival (1979), pra se tocar que - na real - ele toca é muito!
Basta ouvir o LP-solo Ivinho Ao Vivo - Montreux International Jazz Festival (1979), pra se tocar que - na real - ele toca é muito!
Tanto quanto o morto Raphael Rabello ou como o vivaz Yamandú Costa, ambos instrumentistas de estatura. E, pode-se dizer, contemporâneos.
Ivinho é personagem de Paêbirú - Caminho da Montanha do Sol, disco idealizado anos antes por Lula Côrtes & Zé Ramalho. Com ácido telurismo, sua guitarra poleniza amanitas na melodia de "Marácas de Fogo".
O efeito final desse "heavy maracatu" (conduzido pela palhetada de Ivinho) são vidros arrebentados contra o chão do estúdio da gravadora Rozenblit. Acurando o ouvido, ainda dá pra ouvir no fundo uma bandinha marcial. Parece sampler!
Em "Marácas de Fogo", Zé Ramalho toma conta da viola de 12; Lula Côrtes faz a outra guita. Saca o time dos corais: Marconi Notaro, Alceu Valença, Zé Ramalho, Israel Semente e Lailson de Holanda.
Ivinho é personagem de Paêbirú - Caminho da Montanha do Sol, disco idealizado anos antes por Lula Côrtes & Zé Ramalho. Com ácido telurismo, sua guitarra poleniza amanitas na melodia de "Marácas de Fogo".
O efeito final desse "heavy maracatu" (conduzido pela palhetada de Ivinho) são vidros arrebentados contra o chão do estúdio da gravadora Rozenblit. Acurando o ouvido, ainda dá pra ouvir no fundo uma bandinha marcial. Parece sampler!
Em "Marácas de Fogo", Zé Ramalho toma conta da viola de 12; Lula Côrtes faz a outra guita. Saca o time dos corais: Marconi Notaro, Alceu Valença, Zé Ramalho, Israel Semente e Lailson de Holanda.
Órgão farfisa: Huguinho Leão, que tirou o riff de "Nas Paredes da Pedra Encantada". Ouça lá.
Em off, algumas fontes me disseram que Ivinho é daqueles gênios misantropos. Deu uma piradinha básica. Direito universal.
Solista de dedos ligeiros, como poucos, também maneja uma guitarra rock. Pegada incandescente: as powerpop "Geórgia a Carniceira" e "Corpo em Chamas", gravadas no único álbum da Ave Sangria (ex-Tamarineira Village), mostram melhor sua eletrificada faceta.
Nesse ovacionado Ao Vivo em Montreux, Ivinho descarrega o mais puro "virtuosismo espontâneo" da viola de 12. Gravação excelente. Tecendo acordes em cordas nordestinas, o tocador levanta uma parede instrumental.
Em off, algumas fontes me disseram que Ivinho é daqueles gênios misantropos. Deu uma piradinha básica. Direito universal.
Solista de dedos ligeiros, como poucos, também maneja uma guitarra rock. Pegada incandescente: as powerpop "Geórgia a Carniceira" e "Corpo em Chamas", gravadas no único álbum da Ave Sangria (ex-Tamarineira Village), mostram melhor sua eletrificada faceta.
Nesse ovacionado Ao Vivo em Montreux, Ivinho descarrega o mais puro "virtuosismo espontâneo" da viola de 12. Gravação excelente. Tecendo acordes em cordas nordestinas, o tocador levanta uma parede instrumental.
Bom que não é chato. Parece rock'n'roll. E é.
Ivinho também foi um dos criadores da Ave Sangria - a propósito, banda que mantém a liga veloz e sincopada de "Vou Danado Pra Catende", a campeã apresentada por Alceu Valença no Festival Abertura, há mais de três décadas.
Registro único da época de Paêbirú, no qual Ramalho & Côrtes aparecem side by side.
O Ivinho (na guitarra) é um desses cabeludos muito estranhos...
Ivinho também foi um dos criadores da Ave Sangria - a propósito, banda que mantém a liga veloz e sincopada de "Vou Danado Pra Catende", a campeã apresentada por Alceu Valença no Festival Abertura, há mais de três décadas.
Registro único da época de Paêbirú, no qual Ramalho & Côrtes aparecem side by side.
O Ivinho (na guitarra) é um desses cabeludos muito estranhos...