quarta-feira, 27 de maio de 2009

oS fEVERS & o SIMONAL

Em cartaz dos cinemas de todo o Brasil, em 2009, o público foi brindado com o documentário que joga um facho de luz sobre um dos personagens mais obscurecidos da MPB: Wilson Simonal (1939-2000). Ninguém Sabe o Duro que Dei trouxe à tona, novamente, a memória do cantor - enxotado pela "intelectuália" brasileira, após suspeita de que servia ao Dops, à época do regime militar.

O baixista dos inofensivos The Fevers, Liebert Ferreira, lamenta o triste episódio. Na sua avaliação, Simonal nunca teve envolvimento político:

"Acompanhamos toda sua carreira, após termos sido contratados pela TV Record. Acredito que seu grande sucesso, na verdade, foi o que lhe derrubou", aposta.

Para Liebert, Simonal, acima de tudo, foi um cara que inovou a música. "Nos anos 60, ele chegou no Maracanazinho, sozinho, e comandou uma multidão inteira. Até começou seu show com a 'Turma da Pilantragem', música feita para o povo cantar".

Os The Fevers, faz justiça, são eternamente agradecidos a Simonal:

"Quando tocamos para o Simonal, em "Mamãe passou açúcar ni mim", éramos apenas garotos. Maestro Peruzzi, arranjador do degregado Simonal, nessa canção, sugeriu que ele não usasse apenas arranjos de orquestra. Mas, sim, que o juntasse com uma guitar band, para que saísse algo diferente. Veio daí a ideia de misturar sopros e côro", retrata Liebert.

Trata-se, na verdade, da primeira gravação que Os The Fevers realizaram no estúdio da antiga Odeon. Logo de saída, a composição (autoria de Carlos Imperial,) explodiu no país inteiro. "A gravação rolou em dois canais, como era naquele tempo. Foi uma vitória maravilhosa".

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