*Na edição de março da Rolling Stone (nas bancas nos próximos dias), confira a psicanalítica entrevista que fiz com Zé Ramalho, no Rio de Janeiro, no mês de fevereiro. Por enquanto, leia alguns trechos que ficaram de fora da reportagem.
O restante, só na revista. No site da RS, aprecie também uma discografia comentada que analisa 30 anos de carreira desse paraibano natural de Brejo do Cruz.
Na foto acima (e abaixo), Zé Ramalho com o filho Christian, ao lado da avó e do mítico "Avôhai" - seu "avô & pai".
Logo abaixo, o cantor posa de Elvis paraibano em meados dos anos 60.
Outra coisa: Zé Ramalho falou sobre Paêbirú, finalmente...
Fale de Robertinho de Recife que, no último álbum (Canta Bob Dylan - Tá tudo mudando), toca e produz. A parceria de vocês vem desde o tempo de "Made in PB".
Zé Ramalho – No Sub Reino do Metaozários. Marconi Notaro foi um artista que deveria ter seguido em frente. Foi um visionário. Naquela música "Permaneço fiel... Filho de Deus, sobrinho de Satã" (cantarola) - "Fidelidade", letra espetacular. Um disco que merecia ser regravado depois. O som é muito ruim porque não foi gravado na Rozenblit e, sim, na TV Universitária de Recife. É muito embolado, porém, a criatividade é grandiosa.
Saco o compacto dos Mamas and the The Papas – "Dedicated to the love i one" (1967). Álbum original customizado pelo adolescente José Ramalho Neto. Em minha visita à residêndia dos Ramalho, em João Pessoa (durante apuração da reportagem Agreste Psicodélico, sobre o disco Paêbirú), Zélia, sua prima, o havia me "emprestado". Devolvo-lhe a preciosidade...
Zé Ramalho – (pasmo, sem saber o que dizer) Eu me lembro disso aqui, rapaz... Mamas and the The Papas, "Dedicated to the love i one". Nossa, como eu adorava! Porra, muito lindo!
Estou lhe devolvendo. É seu.
Zé Ramalho – Obrigado. (risos) Toda capa de disco meu sou em que faço. Só um álbum meu - o sugestivo Décimas de um cantador - fugiu ao meu controle. Quando resumiram as capas de vinil pra CD muitos detalhes desaparecem. Na capa deste vinil, eu empunho uma gilete de ouro. Eu estou com ela na mão. A gilete era real. Na contracapa, meu nome está grafado com fileiras de cocaína. Mas foi a minha revelia. Como experiência, durou 12 anos de minha vida. Doze anos até esgotar a experiência.