O filme - se você leu a capa do Segundo Caderno da ZH de hoje sabe do que se trata - vai resgatar o processo de criação do disco Paêbirú, que os então jovens Zé Ramalho e Lula Côrtes lançaram em 1974.
Trata-se, segundo Bastos e Bomfim, do vinil mais caro do país, avaliado em cerca de R$ 4 mil - só existem 300 cópias do LP original; o restante foi perdido depois da grande enchente que inundou o Recife em 1975.
O nome do álbum faz alusão a uma pedreira localizada entre a capital pernambucana e João Pessoa (PB), por onde passava uma trilha indígena pré-histórica que, conforme os arqueólogos, ligava o litoral brasileiro às montanhas peruanas habitadas pelos Incas ("paêbirú" é uma corruptela de "apé biru", ou, "caminho do Peru").
Pois bem. Aos vídeos.
Primeiro, o teaser do filme, com o Lula Côrtes (figuraça!) fazendo às vezes de guia da equipe na expedição pelo sertão paraibano:
E, agora, um raro momento em que Zé Ramalho e o próprio Lula Côrtes aparecem tocando juntos à época. Os dois e o Alceu Valença numa performance inspiradíssima da espetacular Vou Danado pra Catende, de Valença, em 1975 (da esquerda para a direita, na linha de frente da banda, Zé, Alceu e Lula):
Tem mais dados sobre Nas Paredes da Pedra Encantada no blog sobre o filme, mantido por Bastos e Bomfim (acesse clicando aqui).
E, também, no blog pessoal do Cristiano Bastos (clique aqui), onde ele compila as reportagens que saíram sobre o filme e sobre o disco, inclusive a - excelente - que ele próprio escreveu sobre a viagem de Paêbirú para a Rolling Stone.
Pela amostra que se tem, e pelo que vi na mesa de montagem, o filme tem tudo para ficar beeem interessante. É esperar e conferir.
*Postado no Primeira Fila, blog de cinema do jornal Zero-Hora