terça-feira, 28 de agosto de 2007

o sUÍCIDIO aNUNCIADO dE zIGGY sTARDUST & aS aRANHAS dE mARTE

Em 1973, no palco do teatro Hammersmith Odeon (Londres), David Bowie deu por encerrada a sua mais expressiva fase, das inúmeras que a sua extensa carreira produziu. Em uma noite de atmosfera obscura, guitarras ameaçadoras, teatralidade e frenesi do público adolescente, Bowie cometeu o assassinato do seu alter-ego, o rockstar alienígena Ziggy Stardust.

O concerto-show Ziggy Stardust & the Spiders from Mars – The Motion Pictures, que na época foi exibido nos cinemas, mostra a última aparição do alien criado por Bowie no star-system terrestre. Algumas décadas depois, em 2003, numa jogada de marketing comemorativa de trinta anos de lançamento do filme, a gravadora Emi resolveu evocar o personagem do mundo dos mortos. O esquálido Ziggy ressuscitou restaurado nas versões CD/LP (em edição limitada) & DVD. Mick Ronson, na guitarra, piano e vocais, Woody Woodmansey na bateria e Trevor Bolder, no baixo – a banda Spiders from Mars – também voltou rediviva.

Na era jurássica pré-MTV, especialmente na década de 70, quando o mercado fonográfico ainda não se fundamentava na megalomaníaca produção de videoclipes de hoje, as grandes bandas se serviam da linguagem cinematográfica para promover a sua imagem – com um pendor mais artístico do que promocional, contudo. Dessa época e estética, duas produções também são emblemáticas: The Songs Remains the Same (1976), do Led Zeppellin, que no Brasil foi lançado com o título de Rock é Rock Mesmo, e Born to Boogie (1972), de Marc Bolan & T-Rex, dirigido pelo beatle Ringo Starr.


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