*Segundo da série Seleção de Ouro, compilações (5 volumes) editadas durante o recesso criativo de Nelson Gonçalves no showbiss. Oito anos, portanto, a serem subtraídos de uma já portentosa discografia. Que, ao todo, soma mais de dois mil registros fonográficos - sempre é bom sublinhar.
Esse volume, cuja maior parte das músicas é de 1960, abre com uma excessão no repertório: "Eu sei que vou te amar" - das poucas concessões que, em 60 anos de microfone, o cantor fez à bossa nova.
A canção de Tom Jobim (que parece feita sob encomenda pro Reio do Rádio) nessa versão ganha vívida interpretação. Sem afetações, como de costume
Já o sambolero "Fantoche", composição de Adelino Moreira, tem um português imaculado e uma atmosfera sobrenatural. Culpa do amor, como sempre e até hoje...
Quanto mais longe dos teus olhos meu amor
Mais me atordoa o calor desta paixão
Estava certo em sua frase o inventor
Longe dos olhos e perto do coração
É na distância que dói mais a dor do amor
E se esse amor não foi apenas amizade
A gente chora a nossa mágoa, a nossa dor
Num labirinto de tristeza e de saudade
Tenho em meus olhos a visão da tua imagem
Sou um fantoche que a solidão apavora
Tento abraçar o teu vulto e é só miragem
Me atormentando dia e noite a toda hora
De te distante vivo triste e a meditar
Nos separamos mas não posso compreender
Porque razão choraste tanto ao me deixar
Porque razão eu chorei tanto ao te perder
Esse volume, cuja maior parte das músicas é de 1960, abre com uma excessão no repertório: "Eu sei que vou te amar" - das poucas concessões que, em 60 anos de microfone, o cantor fez à bossa nova.
A canção de Tom Jobim (que parece feita sob encomenda pro Reio do Rádio) nessa versão ganha vívida interpretação. Sem afetações, como de costume
Já o sambolero "Fantoche", composição de Adelino Moreira, tem um português imaculado e uma atmosfera sobrenatural. Culpa do amor, como sempre e até hoje...
Quanto mais longe dos teus olhos meu amor
Mais me atordoa o calor desta paixão
Estava certo em sua frase o inventor
Longe dos olhos e perto do coração
É na distância que dói mais a dor do amor
E se esse amor não foi apenas amizade
A gente chora a nossa mágoa, a nossa dor
Num labirinto de tristeza e de saudade
Tenho em meus olhos a visão da tua imagem
Sou um fantoche que a solidão apavora
Tento abraçar o teu vulto e é só miragem
Me atormentando dia e noite a toda hora
De te distante vivo triste e a meditar
Nos separamos mas não posso compreender
Porque razão choraste tanto ao me deixar
Porque razão eu chorei tanto ao te perder